Normas para escolha de rebolos diamantados
Formato de rebolos:
Os formatos correspondem as recomendações da FEPA (Federation Europénne des Fabricants de Produits Abrasifs). Para a denominação do formato do rebolo é usada a classificação americana (U.S. Standart ASTM-E 11-70 – sistema em polegadas), porém com medidas métricas.
O formato se determina pelos seguintes dados:
- Peça a ser trabalhada (formato e dimensões)
- Máquina (espécie e tipo)
- Operação de retificação em si.
O processo de retificação em profundidade influi no formato dos rebolos, tanto assim que é usado em rebolos com menor largura de camada de revestimento em relação às maiores espessuras de revestimento.
Diâmetro do rebolo
Na definição de um diâmetro é mais importante a verificação da velocidade recomendada.
Largura do revestimento
O desbaste durante a retificação localiza-se na zona de atrito (f), a qual é determinada pela espessura do revestimento (W) e seu comprimento de contato (Y) a ser localizado ao longo da peça. O princípio da operação de desbaste é o avanço dos grãos de diamante na superfície do material a ser trabalhado. A intensidade da força a ser exercida sobre a peça é determinada pela rigidez do conjunto máquina-fixação da peça-peça em sirebolo diamantado. Uma diminuição da espessura do revestimento e, consequentemente, da área de encosto resulta em aumento da pressão sobre a área, resultando daí um aumento da profundidade de penetração dos grãos de diamante e conseqüente aumento do desbaste.
Os rebolos tipo cone ou pires, com pequenas larguras de revestimento (W), retificam com maior rapidez e menor aquecimento. As camadas de revestimento muito largas causam grande aquecimento e diminuem a produtividade.
Espessura de revestimento
As espessuras do revestimento dos rebolos diamantados são especificadas nas tabelas que os fabricantes fornecem. As espessuras maiores são mais econômicas, pois não influem no custo dos rebolos.
Flange dos rebolos
O furo do rebolo faz parte de suas especificações e deve sempre constar na lista de pedidos do fabricante. Em sua grande maioria, os fabricantes seguem a norma ISO H6. A flange deve possuir 1/3 do diâmetro do rebolo.
Granulação dos diamantes
Os primeiros diamantes sintéticos para ligas resinóides surgiram no mercado em 1957. Hoje se encontram além das granulações com diamantes sintéticos, granulações especiais de diamantes naturais, para os mais variados fins.
As granulações disponíveis abrangem mais de 20 tipos especiais de diamantes, dos quais se pode diferencias três grupos:
- Rebolos e outras ferramentas resinóides
- Rebolos e outras ferramentas de ligas metálicas
- Serra e demais ferramentas especiais de ligas metálicas para a usinagem de materiais extraduros e altamente resistentes ao desgaste.
Com a descoberta das vantagens do uso de diamantes revestidos com metal, a evolução dos rebolos de ligas resinóides tomou um impulso decisivo.
As granulações são regidas atualmente pelas normas ASTM – E 11-61 e pela FEPA – Standard na Europa.
Ligas
As ligas e a granulação diamantada juntas formam o revestimento de um rebolo diamantado. Além da granulação e da concentração, a liga é aspecto de real importância para a determinação do comportamento de um rebolo.
A liga determina se um rebolo diamantado é agressivo, rápido, frio ou com pouca pressão de trabalho.
Ligas mais duras são ideais em:
- Revestimentos estreitos
- Granulações de diamantes grossos
- Necessidade de duração dos perfis
- Retificação com l íquido refrigerante
Ligas mais macias:
- Revestimentos mais largos
- Granulação de diamantes finos
- Baixa concentração de diamantes
- Peças sensíveis à temperatura ou com arestas
- Sensíveis à retificação a seco.
A liga ideal não é a que possui menor desgaste, porém a que apresenta a melhor relação entre o rendimento do desgaste e o seu próprio desgaste. Sem o desgaste da liga não pode ocorrer a retificação.
A figura abaixo mostra diamantes na liga de um rebolo novo:
Os grãos sobressaem na superfície da liga, numa altura “u”. Somente assim é possível penetração no material trabalhado.
Na figura abaixo mostra o estado do rebolo já amaciado:
As pontas dos grãos dos diamantes apresentam desgaste, a altura u permanece constante, o desgaste da granulação e da liga é proporcional.
A figura abaixo mostra um exemplo de grande desgaste da liga:
Pode ser por se liga muito mole, granulação muito fina, concentração muito baixa, os grãos de diamante se soltam, sem terem sido aproveitados.
A figura a seguir mostra um rebolo diamantado de pouco desgaste da liga:
Possíveis causas: liga muito dura, granulação muito grossa, excessiva concentração. Este estado de superfície não produzirá desbaste. Se os grãos de diamante não forem salientes da superfície da liga, não terão possibilidade de penetrar no material. Um rebolo nestas condições certamente provocará pressão de trabalho muito elevada, produzindo temperatura elevada, cujas conseqüências seriam a destruição da camada de revestimento e, provavelmente, dano da peça.
Ligas resinóides
Os melhores resultados são conseguidos pelos rebolos diamantados de ligas resinóides, por apresentarem maior rendimento de desbaste.
O trabalho de retificação do metal e as combinações de aço com metal duro são mais econômicos. Sua faixa de aplicação engloba operações desde retificação profunda (rebolos de revestimentos estreitos, com granulação grossa e alta concentração, para retificação com resfriamento, com K-plus 888 RY-B especificação FEPA) até trabalhos de retificação de alta pressão (rebolos com revestimentos médios, com granulações finas até extrafinas e concentração média até alta, com liga K-plus 888 J). A operação é processada com pouco aquecimento e pequena pressão de trabalho, resultando na devida proteção da peça.
Liga | Tipos de Operações | Dureza |
K-Plus 888 | Alta Produção a Seco | JNRT |
K-Plus 888 | Alta Produção Com Resfriamento | JNRT |
K-Plus 1313 | Retificação com Resfriamento de Ligas Combinadas de Aço com Metal Duro Aço Temperado | NRT |
Durezas:
J (mole): rebolos tipo copo ou pires, largura de revestimento > 7 mm.
N (médio): rebolos cilíndricos tipo copo ou pires, largura de revestimento de 4 a 7 mm.
R (duro): rebolos tipo copo com largura de revestimento < 5 mm.
T (muito duro): casos especiais.
Concentração dos diamantes:
Concentração 100 = 4,4 quilates/cm³ de revestimento
A concentração 100 corresponde a uma proporção do volume de diamantes em 25% do volume total do revestimento, baseada no peso específico do diamante de 3,52 g/cm³ e da relação de um qui late igual a 0,2 g.
Concentrações mais comuns:
25 = 1,1 kt/cm³ | 75 = 3,3 kt/cm³ |
38 = 1,65 kt/cm³ | 100 = 4,4 kt/cm³ |
50 = 2,2 kt/cm³ | 125 = 5,5 kt/cm³ |
Tabelas
- Formatos e Dimensões do Rebolo
- Velocidade de Corte
- Rebolo Para Serras
- Rebolo Para Fresas (widia)
- Rebolo Para Fresas (aço rápido)
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